Títulos longos que entregam boa parte da história parece ser algo comum entre animações que adaptam um original em quadrinho (principalmente se for sul-coreano). Em 7th time loop, temos o clássico desenvolvimento de um isekai, onde Rishe, a protagonista, passa por um término de noivado vexatório e decide fugir. A questão é que isso acontece umas sete vezes, uma repetição do fim do noivado, a fuga e uma vida vivida para realizar diversas atividades, mas sempre acaba com a protagonista morrendo devido a uma guerra, revivendo, e voltando para o dia fatídico do noivado. Nessas repetições, ela não esquece das vidas anteriores e acaba acumulando um conhecimento absurdo, até que na sétima vez algumas coisas diferentes acontecem, como se deparar com Arnold, o famoso um príncipe cruel, na festa de noivado, e ele fica muito interessado na protagonista. Mas para o deleite do espectador e desespero da protagonista, é o mesmo príncipe que inicia a guerra que matou ela nas seis vidas já vividas. Como o próprio título entrega, ela vai acabar se envolvendo com esse príncipe, mas para encerrar o loop, ela precisa impedir que ele comece a guerra. É um anime muito legal, tem uma protagonista forte que sabe o que está fazendo e não é rendida ao clássico mocinha indefesa, e o desenrolar da história vai construindo a relação da Rishe com o Arnold e desvendando mais sobre a complexidade do personagem com suas questões familiares e políticas. Até o momento o anime só tem uma temporada com 12 episódios, mas sem notícias para o lançamento da continuação. Ainda que não tenha uma segunda temporada, sigo recomendando essa história e a leitura da light novel adaptado para anime.

Isso aqui é comédia do começo ao fim, principalmente para quem está vivendo o início da fase adulta, descobrindo o peso da realidade e como ser adulto nem é tão legal assim. Conheci esse anime através de cortes no Instagram e morria de rir toda vez que via algo sobre, até que finalmente assisti. Infelizmente só tem uma temporada com 13 episódios, e nessa história acompanhamos o Uramichi e seus colegas de trabalho em um programa infantil, onde a todo momento somos levados a perceber que a vida adulta é complexa, principalmente quando contrapõem com a inocência das crianças no show. É um anime muito sarcástico e perfeito para descontrair e dar boas risadas, mesmo que em algum grau você se identifique com o Uramichi.

Um dos animes que estou acompanhando nessa temporada de outono, e eu fui assistir esperando um besteirol para passar o tempo, mas a cada episódio, tô achando o anime mais interessante e promissor. Sim, é mais um isekai, eu amo isekai e já deixei isso claro em outras publicações. Vou enjoar? Possivelmente algum dia, afinal, as obras acabam tendo o mesmo plot. Mas nesse anime tem uma sacada que eu ainda não tinha visto ainda. É muito comum encontrar animes, mangás e manhwas com essa construção de isekai, quando a personagem é de outro mundo (geralmente o nosso contemporâneo) e entra em uma história onde tem vantagens por conhecer o que vai acontecer e detalhes sobre os personagens que compõem a narrativa, seja porque entrou na história de um livro favorito, ou um jogo ao qual já conhece o plot central. Esse personagem que entra na história é chamado de transmigrante, e geralmente ele ocupa o papel de personagem principal ou até mesmo vilão, mas o transmigrante sempre será o narrador da história. Em may i ask for one final thing, nós temos a vilão da história narrando, mas ela não é a transmigrante, ela vai combater o plot da real vilã, a transmigrante que entrou na história ocupando o lugar da mocinha. Isso por si só já dá uma diferenciada na história e traz novas perspectivas, mas aos poucos o espectador é apresentado ao universo com um código mágico baseando em bençãos dadas por Deuses e atritos políticos e religiosos por causa dessa dinâmica. A primeira temporada está em lançamento, com episódios novos toda quinta-feira. Não sei exatamente onde essa história vai dar, mas estou achando muito legal acompanhar a Scarlet, uma vilã meio mocinha com temperamento forte e resolvendo tudo na base do soco.

Essa recomendação é para quem ama animes escolares com jovens fofos cheios de esperança no futuro. Skip and Loafer começa com a querida Mitsumi saindo do interior e indo estudar em Tóquio, uma cidade grande para sonhos e planos grandes. O problema é que Mitsumi vai precisar se adaptar a cidade grande e a forma diferente que as pessoas se relacionam, e conhecer novos colegas no ensino médio nunca é fácil. O anime é muito fofo e destrincha as dificuldades do cotidiano adolescente, os desafios de crescer e se encontrar num mundo gigante com possibilidades diversas e amigos que estão vivendo dramas similares. Eu amei a leveza da história, não sou grande fã de histórias escolares, mas essa trabalha o amadurecimento dos personagens de uma forma muito legal com toques de comédia, eu recomendo muito para aquele momento de tédio onde tudo que você procura é algo tranquilo para assistir. A segunda temporada está em produção, mas sem data de lançamento definida, talvez em 2026, mas nada confirmado.

Mencionei que estava assistindo esse anime em algum resumão de mês no blog, mas preciso formalmente falar dele entre recomendações de animes. Para os apaixonados pela série Anne With an e, cancelada pela Netflix, isso aqui é para você que ficou sem ver a Anne crescendo e se apaixonando. A história é uma adaptação dos livros Anne de Green Gables da autora L. M. Montgomery, publicado em 1908 sobre uma menina órfã que foi acidentalmente adotada por um casal de irmãos, enquanto descobre o que é ter um lar, mostra aos irmãos e aos vizinhos como a vida pode ser mais leve ao buscar inspiração no dia a dia. E o que isso diz sobre a história? Os livros são um romance com toques de cristianismo, que a Netflix adaptou abordando de uma maneira atual, com questões que passam por uma influência feminista e até decolonial ao abordar o contexto indígena durante a colonização do Canadá. Essas coisas jamais seriam trabalhadas nos livros, foi uma liberdade poética da adaptação. O anime vai adaptar a história de forma mais fiel aos livros, mas sem as lições de moral cristã. Eu gostei muito da nova adaptação, a animação tem uma estética calma com cores mais claras que passa uma sensação de tranquilidade, como se nós estivéssemos também vivendo um sonho em Green Gables. Tendo em vista que são seis livros, e a primeira temporada com 24 episódios deu conta de adaptar os três primeiros livros, podemos presumir que o anime será finalizado com mais uma temporada. Infelizmente ainda não houve a confirmação da segunda temporada, mas não custa sonhar que finalmente veremos o final dessa história.

Eu tenho assistido muitos animes e consequentemente tenho várias recomendações por vir, caso tenha gostado dessa publicação ou tenha interesse em recomendações de obras em catálogos de outras plataformas, deixa nos comentários! Inclusive também aceito recomendações de animes para assistir.